Maestro José Júlio, muito obrigado
Decorreu na passado Sábado dia 30, uma colóquio organizado pelo Grupo Desportivo e Cultural da Loja Nova sob o tema “A Loja Nova e a tauromaquia – Maestro José Júlio”. Estiveram presentes para além o Maestro José Júlio, seu irmão Dário Venâncio e o seu sobrino David Antunes, com a moderação de Luís Capucha. Actuaram aindaas Danças de Salão do Ateneu Artistíco Vilafranquense. A sala estava cheia contando-se entre setenta a oitenta pessoas.
Luís Capucha fez a introdução: “ Não estamos presentes sob uma disnatia qualquer, pois é um motivo de orgulho termosna nossa terra esta dinastia de toureiros que integra dois dos maiores bandarilheiros e ambos ex novilheiros também que têm pisado as arenas de todo o mundo com conhecimento, valor, sentido de lide com muito profissionalismo, vergonha toureira que é o mesmo que dizer orgulho pela classe como subalternos…” Elogiando Maestro José Júlio como uma lenda viva, “um toureiro dos toureiros, o seu valor, a sua arte, excepcional em todos os pontos da vida, um toureio do planeta taurino que o consagrou entre as maiores figuras.”
Teve a palavra inicialmente Dário Venâncio que disse bastante emocionado, “ quero agradecer ao meu irmão matador de toiros José Júlio publicamentepor aquilo que eu fui e se o fui posso agradecer a ele e ao meu sobrinho David Antunes. É algo de significante para mim tudo aquilo que aprendi com o meu irmão, era duro em algumas fases, a dureza forjou caminhos e nesses caminhos no fundo veio o triunfo. Não foi fácil, ser toureiro não é fácil, mas tudo aquilo que ele me foi dizendo ao longo do tempo foi-me encaixando na minha cabeça que tinha de ser feito assim. E se não fosse assim, talvez por ser irmão passava ao lado e eu não queria passar ao lado, essa é que é a virtude. E precisamente se fui o que fui é porque tenho de agradecer a ele, ao meu irmão Maestro José Júlio.” Palavras que foram aplaudidas pelo publico presente.
David Antunes, olhando ara o seu lado para os seus tios Maestro José Júlio e Dário Venâncio, comentou, “ para mim a herança de ter dois tios desta categoria também como devem de compreender não foi fácil. Foi aqui nos montes refugiei que me preparei para enfrentar o desafio que eles me deixaram. Do meu tio aprendi o que mais aprendi e agradeço todos os conselhos, todos os conceitos de toureio puro de toureiro de verdade, tenho uma admiração por ele tão grande, tão grande que me leva quase a considerá-lo um Deus”.
Maestro José Júlio tomou a palavra, começando por falar da festa e da juventude, “… com toda a gente que se está a alistar ou a chegar, somos realmente os revolucionários da nossa festa em Portugal, os que queremos que as coisas se ponham em seu sítio próprio e que sobretudo nós continuemos ou passemos a responsabilizar-nos como taurinos e vilafranquenses…Há toureiros de público e toureiros que vivem sozinhos, que fazem a festa sozinos mandam os foguetes e apanham as canas.” Contando depois muitas vivências da sua vida.
Quase no final, ouviu-se na plateia“muito obrigado Maestro José Júlio”, pelo que toda a plateia o aplaudiu fortemente de pé. E quando se fez ouvir as 0H00 do dia 31, foi-lhe cantado parabéns pelos seus oitenta e um aniversários.
Carlos Silva