MEMORAVÉL CORRIDA NA FIGUEIRA DA FOZ
DEIXEM PASSAR FRANCISCO CORTES, PAULO JORGE SANTOS E DUARTE PINTO…
A corrida que se realizou ontem, 16 de Agosto, na Figueira da Foz foi um autêntico hino as grandes tardes de toiros, a essas corridas que fazem aficionados e que transmitem ao público em geral a grandeza de um acontecimento único, próprio da cultura popular portuguesa.
Ao contrário do que vêm sendo afirmado por vários sectores, a Tauromaquia não é uma tradição antes um dos mais importantes símbolos da cultura popular Portuguesa e quando assim é, e entendido dessa forma, compreende-se a alegria e o entusiasmo vivido pelo público que preencheu em meia- casa o Coliseu Figueirense na tarde de Domingo que apenas pecou pela ligeira chuva que caiu uma hora antes nos arredores da cidade e que por certo afastou algum público.
Francisco Cortes, Paulo Jorge Santos e Duarte Pinto, protagonizaram as grandes lides da tarde com o Vila-franquense a dar duas voltas a arena justificadíssimas.
Sobres estes três cavaleiros, questiona-se – Porque não toureiam mais e em cartéis de outra envergadura?
A Sónia Matias coube-lhe o menos potável da corrida, um toiro reservado ao qual a cavaleira com raça superou as suas dificuldades. Boa notas para os cumpridos.
Gilberto Felipe e Gonçalo Fernandes mantiveram o tom triunfal da corrida, com o cavaleiro serrano a vir de menos a mais com raça e emoção.
E para que tudo termina-se em “tarde-noite” triunfal atuou em espetáculo extra o amador José Moreira também ele a contribuir para uma grande corrida de toiros.
A tarde foi também grande para os dois Grupos de Forcados, Amadores do Montijo e Amadores de Alcochete com António José Cardoso (dos Amadores de Alcochete) a erguer um autêntico monumento a Pega e ao Forcado, apenas soberbo.
No final nota alta para os hastados de Pontes Dias que contribuíram para o êxito da corrida, bravos, codiciosos com nobreza e raça a justificaram a volta do ganadeiro no quinto da função.
O jovem amador lidou um novilho da novel ganadaria dos campos de Coimbra de António Valente que foi pegado pelos Forcados Académicos de Coimbra constituído por jovem estudantes da academia Coimbrã.
A corrida foi magistralmente dirigida por Rogério Jóia um poço de afición em todos os detalhes.
Por último um grande bem-haja ao empresário Arnaldo Santos que com a sua afición (recordar que pela sua mão as corridas mistas voltaram a Caldas da Rainha e Figueira da Foz) teima em navegar contra a corrente dos seus “opositores”.
J. Salvador